Anderson Gaveta (
Gaveta Filmes). O autodidata mais querido pelos nerds brasileiros.
Confira uma entrevista bacana extraida do site
Altamente Ácido, com este maluco gente boa.
Fechar Skype. Salvar o arquivo de áudio. Pensando: “Eu preciso rever algum
Nerd Office… agora”!
Foi exatamente isso que aconteceu comigo logo após a minha entrevista com o querido por quase todos os nerds,
Anderson Gaveta. Antes mesmo do cara ter a sua sensacional
Gaveta Filmes contratada pelos empresários e donos de toda a nerdísse empreendedora brasileira,
Alexandre Ottoni (o Jovem Nerd) e
Deive Pazos
(o Azaghâl), eu já era fã do sujeito. Tanto que até agora não sei se
por isso foi tão fácil conversar com ele durante mais de uma hora, ou se
é porque Gaveta é realmente tão gente boa como parece ser em seus
vídeos.
Gaveta, um carioca de 33 anos, é o responsável pela divertida edição do
Nerd Office, um dos produtos do site
Jovem Nerd.
E dizem por aí que depois que o sujeito tomou conta dos cortes e
produção, o videocast conseguiu ficar melhor do que o carro chefe do
site, o conhecido
Nerdcast.
http://vimeo.com/11345932
Altamente Ácido: Então, quando foi que você começou com esse lance de trabalhar com vídeo?
Gaveta: Trabalhar com vídeo, pesado mesmo eu comecei na
Seagulls Fly.
Assim, eu sempre gostei de fazer alguns filmes, sabe, desde moleque. Eu
editava meus vídeos, naquele esquema de um video cassete para o outro.
Então assim, eu sempre quis trabalhar com vídeo, mas como acabei virando
webdesigner, isso [web] apareceu antes e comecei a trabalhar primeiro
com essa área. Mas eu sempre tentava empurrar a parte de vídeo nos meus
trabalhos. Todos os meus sites tinham alguma parte com vídeo. E aí
quando fui para a Seagulls, isso aumentou.
Altamente Ácido: E foi ali que nasceu a Gaveta Filmes?
Gaveta: Foi antes (risos). Para dizer a verdade, eu acho que só entrei na
Seagulls por conta da
Gaveta Filmes.
Eu acho que nego queria botar um retardado na equipe (risos). Eu fiz a
Gaveta Filmes
sozinho, de bobeira. Um dia eu pensei “Ah não cara, eu tenho que fazer
um site. Tenho que colocar meus vídeos em algum lugar”. Fiz tudo mega
trash no começo. Hoje em dia eu tenho até vergonha deles, mas enfim…
eles começaram a dar um bafafá. Todo mundo começou a comentar, e isso
foi um pouco antes de eu ir para a Seagulls, quando eu trabalhava na
Globosat.
O pessoal da
Seagulls viu os vídeos… assim, eu também mandei
o currículo para lá, mas a galera já me conhecia pelos vídeos. E isso
colaborou, porque pensaram “Poxa, o cara não saca só de fazer o trabalho
legal, ele entende de vídeo também e tem um ‘quê’ de retardo mental,
que vai ser bom aqui com a galera”. E isso tudo eu aprendi sozinho. Eu
nunca fiz um curso de vídeo.
Altamente Ácido: Foi tudo na mão mesmo então…
Gaveta: Vou te dizer assim, as vezes muita gente até
me pergunta “Gaveta, me recomenda um curso aí”. Cara, não sei, porque
eu nunca fiz nenhum! Talvez uma coisa que tenha me ajudado, é porque eu
era meio músico. Tocava guitarra. Então eu tinha meio que um lance de
deixar as coisas mais fluídas, mais harmônicas. Talvez isso tenha me
ajudado muito.
Altamente Ácido: E o quê te inspira até hoje no trabalho?
Gaveta: Olha, em edição… é dificil falar, porque sou
muito fã de Matrix. Pra falar a verdade, eu acho complicado, porque as
edições que mais gosto, são aquelas que eu não percebo. Que passam, e eu
nem vejo. Eu não gosto de edição muito pesadona, sabe?
Altamente Ácido: … estilo
Guy Ritchie?
Gaveta: Pois é, eu até gosto do Guy Ritchie mas tem
hora que é demais né? Mas eu nem sei dizer muito, porque eu sou aquele
tipo de nerd padrão, sabe como? Se eu for falar de filmes, eu vou acabar
falando
Matrix,
De volta para o futuro,
Star Wars e
O senhor do anéis. Eu sou padrão, não tenho nenhuma surpresa nisso (risos).
Tem uma coisa que eu uso muito no Jovem nerd, que é um estilo de edição tipo de comediantes.
Altamente Ácido: E agora que você me deu o gancho, como foi essa sua ida para o Jovem Nerd?
Gaveta: Ah rapaz (risos), isso está sendo ainda. Aliás, eu ganhei meus primeiros
hatters essa semana. Estou oficialmente com
hatters agora.
Altamente Ácido: E que com certeza é uma minoria.
Gaveta: Claro, sim. Mas até na
Gaveta Filmes tinha também. Sempre tem um que fala “Porque você tá fazendo isso? Que saco”! Pô, então não assiste (risos).
Mas com esse lance do Jovem Nerd foi assim… o Alotoni sempre falava
para mim: “Ó, um dia eu vou te trazer pra cá, Gaveta”. E eu ria, porque
eu não acreditava muito. Eu achava que era tipo um sonho distante, sabe?
Eu queria, mas não achava que isso fosse acontecer. Aí um dia, do nada,
eu estava no supermercado, e ele me liga e “Gaveta, sabe aquela parada
que a gente ficava falando de te trazer? Então, é agora”. Aí eu parei e
falei “Cara, sério”? Então começamos a negociar.
E uma coisa legal dessa negociação, é que eu não fui como funcionário
deles. Assim, eu já tinha aberto a Gaveta Filmes como empresa antes,
mas estava pequena, mas agora de fato eu coloquei ela funcionando como
empresa mesmo, prestadora de serviço do Jovem Nerd. E é bom, porque
agora a Gaveta Filmes existe de verdade, o que era um sonho antigo.
E é muito bom, porque o Jovem Nerd acabou realizando esse sonho.